Pesquisadores chineses e australianos combinaram estudos com mais de 170.000 pessoas e encontraram evidências conclusivas de que o exercício físico regular reduz o risco de catarata relacionada à idade, causa da cegueira em cerca de 13 milhões de pessoas em todo o mundo.

Em uma revisão de estudos recente, publicada no International Journal of Ophthalmology, pesquisadores da Xi’an Jiaotong University e da University of South Australia (UniSA) analisaram dados de seis estudos que examinaram como o exercício reduz o dano oxidativo no olho.

“Os pesquisadores descobriram uma redução de 10% na catarata relacionada à idade  entre as pessoas que praticam atividades físicas regulares, como caminhar e andar de bicicleta”, afirma o oftalmologista Fernando Henrique Cardoso Nunes, especialista em retina, membro do corpo clínico da Singular Oftalmologia.

Segundo os autores do estudo, a atividade física reduz o estresse oxidativo no olho ao inibir a degradação dos lipídios, que resulta em danos às células. Já sabíamos que o exercício aumenta a atividade da enzima antioxidante, que tem todos os tipos de benefícios, incluindo a limitação de infecções e inflamação no olho.

Estudos anteriores já haviam revelado que a atividade física, de longo prazo, também eleva o HDL (lipoproteína de alta densidade), conhecido como “colesterol bom”, que pode transportar mais antioxidantes do plasma para o cristalino para prevenir danos oxidativos.

O exercício físico também melhora a resistência à insulina e os perfis lipídicos, ambos associados a um risco aumentado de catarata.

“O cristalino  é altamente suscetível a danos oxidativos por causa de sua alta concentração de ácidos graxos poliinsaturados e sua função biológica específica. Embora não saibamos completamente os mecanismos subjacentes à catarata, sabemos que o envelhecimento e os danos oxidativos desempenham um papel crucial no desenvolvimento da doença”, observa o oftalmologista da Singular Oftalmologia.

Os pesquisadores descobriram que o risco de desenvolver catarata pode diminuir potencialmente em 2% a cada hora de pedalada ou caminhada por dia. “Considerando o fato de que 24% dos adultos são inativos/sedentários, essas descobertas deveriam encorajar os idosos a começarem a se exercitar regularmente”, defende Fernando Henrique Cardoso Nunes.

 

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